O risco de aquartelamento dos policiais militares está afastado por enquanto. A categoria está satisfeita com a última proposta feita pelo governo do Estado e deve aceitá-la em uma próxima assembleia.
Os policiais pediam que o salário dos praças fosse vinculado ao salário dos oficiais. Ou seja, que o salário obedecesse à hierarquia militar e que os reajustes no topo da pirâmide fossem acompanhados até a base. Os praças pediam que seu salário correspondesse a 37% do que é recebido por um coronel.
Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM de Mato Grosso, cabo Gervaldo Pinho, em um primeiro momento o governo ofereceu a vinculação, mas só a partir de 2014. A proposta foi recusada pela categoria, que queria um ganho imediato.
Pela nova proposta, apresentada na tarde de segunda-feira, a vinculação pedida será atingida apenas em 2014, mas já a partir de maio do ano que vem ela chegará até 30,92%. Ainda este ano, eles devem receber um aumento de 4%.
Cabo Pinho disse que o governo só reagiu a partir do momento em que os soldados ameaçaram se aquartelar. Como a greve da PM é proibida por lei, o protesto dos policiais consistiria em não sair dos quartéis, paralisando as atividades temporariamente. Outro protesto seria uma “operação tartaruga”, diminuindo a velocidade nos atendimentos. “Felizmente o governo entendeu a injustiça que estava acontecendo e atendeu a nossa reivindicação”, comentou Pinho.
Ele também lembrou que 70% da corporação da Polícia Militar é formada por cabos e soldados. Além dos piores salários, eles seriam aqueles que correm mais riscos, por ter que ir a campo.
Atualmente o piso salarial dos soldados é de R$ 1.900, enquanto um coronel ganha R$ 14.329. Pela nova tabela, em 2014 os soldados irão ganhar um salário inicial de R$ 2.734, enquanto que os coronéis receberão R$ 19.200.