Inclusão do nono

Apesar do custo mais elevado, estimado em R$ 300 milhões pelos estudos técnicos do órgão regulador, a escolha da Anatel pela adição de um nono dígito nos telefones celulares levou em conta se tratar de uma solução mais facilmente assimilada pelos consumidores, o que por si tem impacto nos investimentos em publicidade para esclarecimentos à sociedade. A adoção do DDD 10 tinha estimativa de custo de R$ 150 milhões.

Ou seja, entendeu a agência que a inclusão de mais um dígito nos telefones, até por já ter sido adotada anteriormente, é amplamente conhecida dos brasileiros. Além disso, é o primeiro passo para que o nono dígito seja, mais tarde, estendido a todo o país – ainda que a Anatel não tenha fixado um prazo para que isso aconteça.

A julgar por manifestações de operadoras junto à Anatel, a Oi, última a entrar no mercado paulistano, é a única contrariada pela decisão. As demais defenderam a adoção de medidas complementares que darão tempo para a adoção do que todos tratam como “solução definitiva” para a escassez de numeração na região do DDD 11.

A Anatel, de fato, determinou a adoção de paliativos que devem liberar entre 14 milhões e 17 milhões de novas combinações numéricas a serem utilizadas pelos celulares da região nos próximos dois anos, prazo previsto para a implementação do nono dígito, o que deverá ser concluído até 31 de dezembro de 2012.

Prevê a agência que cerca de 2,6 milhões de números serão liberados com a redução da quarentena; 1 milhão com a migração dos equipamentos máquina-a-máquina, como modems móveis, para um sistema de numeração próprio; e entre 7 milhões a 10 milhões com o uso do dígito 5, hoje exclusivo da telefonia fixa, também para a móvel.

Além disso, outros 3,4 milhões de números poderão ser liberados com a adoção do sistema de alocação dinâmica dos números. Essa solução implica em uma modificação na forma como os números são atualmente atribuídos a cada chip e, pelo que foi aprovado, deve ser adotada em até 180 dias.

Atualmente, ao distribuir números para uso das operadoras, a associação de um determinado número a um chip específico se dá no início da cadeia. Com a mudança, os chips deverão vir sem um número pré-definido, sendo designados no momento da compra.
Fonte: Convergencia Digital

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp
Rolar para cima