A inflação sobre a cesta básica em Cuiabá passou de 8% em 2012, 50% acima do índice oficial, IPC-S, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apurou variação de 5,74% no ano passado, no país. A elevação colocou esse conjunto de alimentos como o terceiro mais caro do ano passado entre as capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que ranqueia no país o custo da cesta.
Conforme levantamento da KGM Pesquisas, divulgado ontem, a alta acumulada de janeiro a dezembro foi de 8,64%. O pacote de alimentos considerado ração essencial para alimentar um trabalhador adulto pelo período de 30 dias custava R$ 267,92 em janeiro do ano passado, e subiu para R$ 291,07 no mês passado.
Já a alta mensal, de novembro para dezembro, foi de 1,15%, e manteve Cuiabá como a terceira cesta básica mais cara do país no último mês do ano, saindo de R$ 287,75 para os R$ 291,07. Mais caros que Cuiabá apenas São Paulo (R$ 304,90) e Porto Alegre (R$ 294,37).
Para determinar a posição de Cuiabá no ranking nacional, a KGM compara os preços de Cuiabá com os das demais cidades incluídas na pesquisa mensal do Dieese. O Departamento aplica a pesquisa em todas as capitais onde possui escritório regional. Campo Grande (MS) passou a ser pesquisada em dezembro e integrada ao ranking nacional.
O PESO – Os vilões, os itens que mais contribuíram para a inflação, ou seja, pesando sobre a alta dos preços, foram o feijão carioca, que subiu 9,92% e o açúcar, que subiu 9,57%. O tomate (-2,47%), o leite (-4,08%) e o café (-6,71%) registraram quedas e ajudaram a segurar os preços.
DIEESE – Segundo o Departamento houve alta em todas as 17 capitais pesquisadas pelo órgão em 2012.
