Tecnologia nuclear – A equipe brasileira TupiTech, formada por estudantes do Instituto Militar de Engenharia (IME), alcançou uma conquista inédita ao vencer a etapa mundial do Global HackAtom 2025, competição internacional de tecnologia nuclear promovida pela estatal russa Rosatom, em Moscou.
O resultado foi anunciado no último domingo (28), durante a Semana Atômica Mundial, evento que celebrou os 80 anos da indústria nuclear da Rússia. A vitória foi confirmada pelo portal Petro Notícias e pela Embaixada do Brasil em Moscou, que destacou, em nota oficial nesta segunda-feira (29), o encontro entre o embaixador Sérgio Rodrigues e os integrantes da equipe após a conquista.
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Esta foi a primeira vez que o Brasil participou da fase final do desafio. O Global HackAtom reuniu mais de 50 finalistas de dez países em uma maratona de 24 horas, dedicada ao desenvolvimento de soluções para os principais desafios da indústria nuclear. O tema deste ano foi a exploração espacial com tecnologias nucleares de nova geração.
A TupiTech foi liderada por Larissa Oliveira de Sá, mestranda em engenharia nuclear, e apresentou um projeto de hub modular espacial baseado em reatores nucleares avançados. A proposta tem como objetivo garantir a sustentabilidade de missões de longa duração, possibilitando a produção de recursos essenciais como água, oxigênio, hidrogênio e combustível, além de contribuir para a expansão interplanetária.
“Fizemos o maior brainstorm de nossas vidas. Estamos exultantes com essa conquista para a gente e para o Brasil”, disse Larissa em entrevista ao Petro Notícias.
Outro integrante da equipe, o mestrando Leonardo Zortea, ressaltou a dificuldade da disputa: “O mais difícil nesse tipo de competição é a limitação de tempo. Mas conseguimos usar tecnologias muito bem consolidadas para propor algo disruptivo”.
Além de Larissa e Zortea, participaram da equipe os mestrandos Diógenes Kreusch Filho, Marcela Rabelo de Lima e Adriel Faddul Stelzenberger, sob orientação da professora Inayá Corrêa Barbosa Lima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo o Petro Notícias, os estudantes também apresentaram um pacote de preparação humana para ambientes extremos, com simulações de falhas e emergências, monitoramento fisiológico e apoio de inteligência artificial, voltado para segurança operacional e resiliência em decisões críticas.
Durante a viagem, os brasileiros ainda participaram de palestras técnicas, atividades culturais e visitas a instituições de ensino na Rússia.
O Global HackAtom, realizado anualmente pela Rosatom em parceria com universidades e centros de pesquisa, avalia os projetos de acordo com critérios de originalidade, aplicabilidade, impacto e viabilidade de implementação.
(Com informação de RT Brasil)
(Foto: Reprodução/IME)