Uma das propostas é taxar empresas que apresentam um nível de demissões maior do que o do setor a que pertencem, com base no artigo 239 da Constituição. Esse dispositivo aponta que o seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho superar o da rotatividade do setor. "São medidas bem vindas porque podem impedir a rotatividade que vem sendo praticadas por empresas que substituem trabalhadores para pagar salários menores", afirmou ao DCI o senador Paulo Paim (PT-RS), egresso do movimento sindical de trabalhadores. "As empresas que não adianta essa prática devem ser beneficiadas", acrescentou. Já o deputado Sílvio Costa (PMDB-PE), um dos principais defensores da reformulação da CLT, classificou a iniciativa de uma "brincadeira do governo". Para ele, o governo não deveria tentar regulamentar as relações entre trabalhadores e empregadores em uma economia livre de mercado. "Nenhum empresário acorda pensando que naquele dia vai demitir cinco, e no dia seguinte, mais dez, As empresas não podem ser punidas por demitir. Isso acontece por problema de caixa, crise econômica ou quando o empregado não apresenta produtividade."
