IA – Ex-funcionários de uma empresa de tecnologia estão sendo investigados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) por supostamente terem apagado deliberadamente uma plataforma de inteligência artificial avaliada em R$ 10 milhões. O desaparecimento do sistema foi identificado na última sexta-feira (1), às vésperas do lançamento oficial da ferramenta, que tinha potencial de atingir mais de 20 milhões de usuários.
Neste domingo (3), agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) realizaram a “Operação Gênesis”, com o objetivo de apurar o roubo de dados e a sabotagem. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em seis locais, incluindo endereços na capital e na Baixada Fluminense.
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As apurações revelaram que um dos investigados utilizou sua senha corporativa para excluir diretamente o sistema no ambiente de produção. Outro ex-funcionário, demitido recentemente, exportou credenciais de acesso e tentou acessar a plataforma novamente no mesmo dia. Um terceiro suspeito teria participado da organização da ação criminosa.
Conversas obtidas pela polícia entre os envolvidos indicam que a ação foi previamente planejada. Nas mensagens, o grupo também discutia estratégias para atuar em uma nova empresa, incluindo a criação de negócios próprios. A polícia verificou que dois dos investigados abriram CNPJs no último mês.
Além do ato de sabotagem, os três ex-funcionários não devolveram os notebooks corporativos, que podem conter códigos-fonte, informações confidenciais e evidências de crimes. Há indícios também de que tenham utilizado celulares pessoais para armazenar e compartilhar dados sigilosos.
Durante a operação, realizada nos bairros do Méier, Cachambi e em São João de Meriti, foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos, como notebooks e celulares. Dois dos suspeitos foram levados à DRCI para prestar depoimento.
A ação policial apura possíveis crimes de concorrência desleal, invasão de dispositivos informáticos com agravantes, apropriação indébita qualificada e associação criminosa.
As investigações seguem em andamento para verificar se as informações apagadas foram utilizadas para benefício próprio ou entregues a empresas concorrentes.
(Com informações de Metrópoles)
(Foto: Reprodução/Freepik)