Pix por biometria chega para agilizar pagamentos e reduzir etapas para o consumidor

Formato permite realizar transações pelo Pix usando reconhecimento facial ou impressão digital, sem precisar abrir o app do banco

Pix por biometria – Uma nova forma de realizar Pix pretende facilitar ainda mais a utilização do sistema de pagamento. O Pix por biometria permite que transações sejam feitas sem a necessidade de abrir o aplicativo do banco, utilizando reconhecimento facial ou impressão digital para validar o pagamento. A proposta traz mais comodidade e rapidez para compradores e vendedores.

Segundo Ana Carolina de Oliveira, líder da vertical de open finance da ABFintechs, o Pix por biometria é um dos produtos que surgiram dentro do open finance com o objetivo de tornar os pagamentos mais simples para a população.

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“O Pix é a modalidade de pagamento mais usada, seja fintech seja incumbente. O Pix por biometria veio por meio de open finance como um dos novos produtos para facilitar para a população brasileira”, destacou.

O sistema atual de pagamentos via Pix ainda exige que o usuário abra o aplicativo bancário, o que pode gerar fricção e expor dados como saldo disponível. Cézar Rios, diretor de desenvolvimento de negócios da Boku, afirma que o Pix por biometria elimina o redirecionamento durante a transação, tornando o processo mais fluido.

“O avanço para iniciação de pagamentos deixou a jornada um pouco mais automatizada, porque o cliente é redirecionado para o banco pelo merchant e o cliente confirma o pagamento, mas ainda tem a fricção de redirecionamento. A jornada sem redirecionamento é a evolução com experiência mais fluida, porque você dá o consentimento e é redirecionado uma só vez”, explicou.

Embora a modalidade ainda seja recente, alguns clientes já estão usando a funcionalidade. Rafael Noguerol, gerente de estratégia de produtos na Belvo, afirma que, após o consentimento inicial, a taxa de sucesso do Pix por biometria é maior do que a de outras formas de Pix, como QR code ou “copia e cola”. No entanto, ele ressalta que a etapa de consentimento continua sendo um desafio, especialmente devido à desconfiança de parte da população em compartilhar dados.

Para Aaron Morais, do Google Pay, a novidade representa uma mudança significativa no mercado de pagamentos. “No Pix por biometria, há o desacoplamento entre pagamento e instituição detentora de conta. A partir do momento que temos esse desacoplamento, qualquer um com licença pode aglutinar o pagamento sem redirecionar para o banco e isso abre caminhos”, explicou.

O Banco Central supervisiona a implementação da tecnologia, definindo regras de segurança, compliance, aprovação de APIs e governança, com base no protocolo FIDO (Fast Identity Online). Rafael Noguerol destaca que a novidade beneficia tanto o consumidor quanto o comerciante.

“Tira a fricção de usuário ‘ir’ até o banco, quando ele pode desistir da compra. E o usuário entende que é seguro, porque tem face ID ou pin code ou biometria. Do lado do merchant, ele vê como um valor e o principal é o pagamento sair para mais rápido para o merchant”.

(Com informações de Convergência Digital)
(Foto: Reprodução/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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