Pela primeira vez, as instituições de mercado projetaram um crescimento abaixo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) em 2012, na pesquisa semanal Focus, divulgada ontem pelo Banco Central. A estimativa passou a ser de 0,98%, ante uma previsão anterior de 1%. Para 2013, a taxa esperada foi mantida em 3,3%.
Também houve aumento na estimativa de inflação medida pelo IPCA para 2012, de 5,69% para 5,71%. Para o ano que vem, a alta projetada é de 5,47%. Já a taxa básica de juros (Selic), segundo os analistas, deve fechar 2013 em 7,25%.
A projeção para o desempenho do setor industrial em 2012 continua negativa, com baixa de 2,31%. Para 2013, os economistas preveem aumento de 3,5% da atividade industrial.
O crescimento da economia brasileira em 2012 foi mencionado pela presidente Dilma Rousseff ontem, no programa de rádio "Café com a presidenta". Ela lembrou o aumento do salário mínimo para R$ 678, que passará a vigorar hoje, e destacou que a taxa de reajuste, de 9%, está acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que é de 5,53% até novembro pelo IPCA.
mais poder de compra
A presidente acrescentou ainda que o novo valor expande o poder de compra de trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS.
– Além de justa, essa política (de valorização) é importante para o crescimento da economia e ela acaba beneficiando a todos os brasileiros – disse Dilma.
A presidente mencionou também a isenção do Imposto de Renda para os trabalhadores que recebem até R$ 6 mil de participação nos lucros das empresas.
– Essa medida era uma reivindicação das centrais sindicais e é um estímulo aos trabalhadores que conseguiram negociar com suas empresas a distribuição de parte do que elas lucraram ao longo do ano – enfatizou.
Dilma também destacou a retirada de mais de 16,4 milhões de pessoas da extrema pobreza com a Ação Brasil Carinhoso, do Programa Brasil sem Miséria, e geração de 1,77 milhão de empregos com carteira assinada
