O deputado federal Pedro Henry (PP), condenado no processo do Mensalão, foi o último a entregar seu passaporte. Ainda assim, o parlamentar “quebrou os protocolos” e, ao invés de apresentar o documento ao Supremo Tribunal Federal (STF), como foi determinado pelo ministro Joaquim Barbosa, entregou ao presidente da Câmara Federal, deputado Marcos Maia (PT/RS).
Em petição encaminhada ao STF, o advogado do parlamentar, José Antônio Álvares, explica que o passaporte diplomático foi outorgado pela Casa, por isso optou por encaminhá-lo para lá. Segundo o ele, caso o presidente entenda que o documento deve ser entregue ao STF, poderá fazê-lo.
Além disso, o progressista foi o único entre os réus que não entregou o documento, nem apresentou justificativa, dentro do prazo estipulado pelo Supremo, que se encerrou na terça-feira (13). Outros dois réus não encaminharam o documento, mas apresentaram justificativas: Marcos Valério disse que seu passaporte está retido desde 2005 e o ex-deputado federal Bispo Rodrigues alegou que o documento foi retido em 2006, como resultado de outro processo judicial. Henry foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha.