Licença paternidade – A limitação da licença paternidade no Brasil ainda é um obstáculo para a saúde mental das mães. Dados do IBGE mostram que quase 70% dos pais não têm direito a mais do que os cinco dias previstos em lei, o que reduz o apoio no momento mais delicado do pós-parto.
Especialistas defendem que ampliar o período é mais do que uma pauta trabalhista: trata-se de uma medida de saúde pública. O envolvimento do parceiro, afirmam, pode reduzir significativamente casos de depressão e burnout materno, além de contribuir para o desenvolvimento saudável dos bebês.
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O período após o nascimento do bebê é considerado um dos mais desafiadores para a mulher, tanto física quanto emocionalmente. A falta de suporte prático e afetivo aumenta os riscos de transtornos como a depressão pós-parto. Pesquisas internacionais já indicam que mães com redes de apoio mais estruturadas apresentam índices mais baixos de adoecimento mental.
No país, apenas três em cada dez pais têm acesso a uma licença superior aos cinco dias estipulados em lei, segundo o IBGE. Essa limitação restringe a participação ativa no cuidado com o recém-nascido e sobrecarrega as mães.
Para a psicóloga Nicole Amorim, especialista em saúde mental materna, a ampliação da licença tem efeito direto no bem-estar familiar.
“A presença do parceiro e de uma rede de apoio estruturada atua diretamente na redução dos níveis de ansiedade e depressão materna. A licença paternidade mais longa permite que o pai se envolva nas rotinas e desafios do pós-parto, o que alivia a sobrecarga da mãe e favorece a saúde emocional da família como um todo”, afirma.
Além da participação do pai, o suporte de familiares, amigos e profissionais de saúde é considerado fundamental para transformar a experiência materna em algo mais acolhedor.
(Com informações de Carta Capital)
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