Intoxicação por metanol – O crescimento no número de notificações por intoxicação por metanol tem gerado preocupação e levantado dúvidas sobre a segurança no consumo de bebidas alcoólicas. Até o momento, 59 casos foram registrados, sendo 53 em São Paulo. Desse total, 11 foram confirmados, incluindo uma morte, enquanto outras sete ocorrências seguem em investigação.
Diante do cenário, autoridades de saúde têm se manifestado de forma cautelosa. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, orientou a população a evitar, neste momento, o consumo de destilados de origem incerta. O Ministério da Saúde reforçou a recomendação e destacou a importância de adquirir apenas bebidas com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal.
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Associações do setor, como a de Bares e Restaurantes de São Paulo, também reforçam a necessidade de atenção redobrada. Entre os principais sinais de adulteração estão preços muito abaixo do mercado e embalagens em mau estado.
Para ajudar comerciantes e consumidores, entidades como a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes têm promovido treinamentos voltados à identificação de falsificações em garrafas, tampas, rótulos e líquidos. O programa inclui ainda alertas sobre as consequências legais e sociais da compra de produtos ilegais.
Medidas de emergência
Em resposta ao aumento dos casos, o Ministério da Saúde anunciou a aquisição de dois antídotos contra a intoxicação por metanol: o etanol farmacêutico e o fomepizol. Os hospitais universitários federais já contam com estoques de etanol farmacêutico, e o governo deve adquirir mais de quatro mil ampolas do produto.
A Anvisa, por sua vez, mapeou mais de 600 farmácias de manipulação aptas a fornecer o antídoto. No caso do fomepizol, considerado o mais eficaz no tratamento, ainda não há registro no Brasil. Para viabilizar a importação, a agência vai publicar um edital de chamamento internacional.
O governo também solicitou à Organização Pan-Americana de Saúde a doação imediata de 100 tratamentos e manifestou interesse em adquirir mil unidades para compor um estoque permanente.
Padilha reiterou o alerta: o consumo de bebidas destiladas deve ser feito apenas com a garantia de procedência e, em casos de intoxicação, o etanol farmacêutico só deve ser utilizado com orientação médica.
(Com informações de CBN)
(Foto: Reprodução/Freepik/machnata)