IA – A leitura deixou de ser uma atividade restrita às telas e ao papel. Com o avanço da inteligência artificial, ferramentas capazes de transformar textos em áudio vêm ganhando espaço no cotidiano, permitindo que artigos, e-mails e até livros sejam ouvidos enquanto o usuário realiza outras tarefas.
Essas soluções oferecem mais do que praticidade: representam também avanços em acessibilidade e inclusão. De acordo com especialistas, o recurso facilita a vida de pessoas com deficiência visual ou dificuldades de leitura, amplia o acesso a conteúdos diversos e ainda contribui para que usuários aproveitem melhor o tempo em deslocamentos ou atividades rotineiras.
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Leitura em movimento
O uso da voz já faz parte do dia a dia digital. Com a popularização de smartphones e assistentes virtuais, a leitura em áudio se tornou uma prática comum. Ferramentas de conversão de texto em fala permitem que notícias, relatórios ou ebooks sejam consumidos em momentos antes considerados “perdidos”, como durante o transporte, a prática de exercícios ou tarefas domésticas.
Mais do que converter palavras em som, as tecnologias atuais simulam entonações naturais, eliminando a sensação de “voz robótica”. Isso tornou a experiência mais agradável e próxima da leitura humana, beneficiando inclusive estudantes que aproveitam o trajeto diário para revisar matérias.
Curadoria e organização inteligente
A inteligência artificial também vem transformando a forma de organizar o que se lê. Aplicativos especializados conseguem filtrar informações, sugerir conteúdos de acordo com os interesses do usuário e até resumir artigos longos, destacando os principais pontos. Essa curadoria se mostra especialmente útil para quem lida com grandes volumes de informação diariamente, como profissionais e acadêmicos.
Além disso, a tradução instantânea é outro recurso que amplia o alcance da leitura, permitindo acesso rápido a textos em diferentes idiomas.
Ferramenta de inclusão
Para além da conveniência, a IA tem desempenhado papel fundamental na inclusão social. Ao transformar conteúdos em áudio de forma rápida e personalizável, essas soluções ampliam a autonomia de pessoas com deficiência visual, oferecendo novas formas de estudar, trabalhar e se informar.
Combinada a recursos de visão computacional e reconhecimento de objetos, a tecnologia pode até auxiliar na interpretação de ambientes, tornando-se um apoio importante para a vida cotidiana.
Desafios e responsabilidade ética
O avanço, no entanto, levanta questões éticas e de segurança. Especialistas defendem que seja garantida a proteção de dados utilizados nos sistemas de leitura e que haja clareza sobre o armazenamento e uso dessas informações. Também é preciso respeitar direitos autorais ao converter conteúdos protegidos e criar padrões que contemplem diferentes sotaques, nomes e variações linguísticas.
Outro ponto de atenção é o risco de mau uso, como a criação de áudios falsos e manipulações enganosas. Para evitar esse tipo de prática, pesquisadores reforçam a importância de regulamentações e mecanismos de verificação.
(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Freepik/EyeEm)