Golpe do Empréstimo: “Empresa” mineira já aplicou 10 golpes

A Polícia Civil investiga o chamado “Golpe do Empréstimo”, onde empresas fazem anúncios em jornais e rádios de financiamento em valores considerados altos &ndas

A Polícia Civil investiga o chamado “Golpe do Empréstimo”, onde empresas fazem anúncios em jornais e rádios de financiamento em valores considerados altos – entre R$ 30 mil e R$ 70 mil – e cujo cadastro é feito por telefone. Após a aprovação, os golpistas exigem um pagamento de uma “taxa de seguro” que vai de R$ 2 mil a R$ 5 mil dependendo do valor negociado. A vítima então paga a taxa e descobre que não existe empréstimo algum.

Até agora, já são mais de 10 casos de vítimas que registraram queixa contra os golpistas. O delegado Waldeck Duarte Júnior, da Delegacia do Complexo do Planalto, informou que os depósitos são feitos em contas correntes de Belo Horizonte. Diante da situação, ele deverá transferir o caso para a Polícia Civil mineira.

Os policiais, no entanto, acreditam que esse número poderá ser maior, pois muitas vítimas podem não ter procurado a Delegacia para registrar queixa.

O último caso de registro ocorreu na semana passada quando um casal que mora no Pedra 90 teve um prejuízo de R$ 1.680 ao tentar um empréstimo de R$ 30 mil. Segundo o casal, eles ouviram um anúncio numa rádio FM de grande audiência em Cuiabá. Por telefone, fizeram um cadastro que foi aprovado para um empréstimo de R$ 30 mil.

Antes da liberação, no entanto, tiveram que pagar o “seguro de vida obrigatório”, no valor de R$ 3 mil. As vítimas parcelaram em quatro vezes num total de R$ 1.680,00. Só então, descobriram que não existia empréstimo algum. “A gente acha que todo anúncio em rádio é verdadeiro. Mas descobrimos que não”, relatou a mulher que procurou o Plantão Metropolitano para registrar queixa.

Conforme a vítima, dos três telefones, apena um era de Cuiabá. Os demais eram de Belo Horizonte, todos fixos onde a pessoa ligava e passava o número dos documentos pessoais.

Segundo policiais plantonistas, o golpe não é novo e muita gente acaba sendo lesada porque precisa de empréstimos para pagar a dívida e acabam tendo um prejuízo maior. “Foi o caso deste casal, pois precisavam de dinheiro e nem se atentaram que se tratava de uma negociação por telefone. O verdadeiro empréstimo se faz com empresa física, estabelecida onde você conversa diretamente com o funcionário”, ressaltou um policial.

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