Morreu na noite desta quarta-feira (05), aos 104 anos, o arquiteto Oscar Niemeyer, ícone da arquitetura moderna e um dos brasileiros mais reconhecidos no mundo por suas obras que foram responsáveis por projetar o Brasil internacionalmente. Ele estava internado há mais de um mês no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro e respirava com ajuda de aparelhos em virtude de uma infecção respiratória. Ele também foi diagnosticado com uma infecção urinária, o que resultou em sua internação no dia 2 de novembro, a terceira somente neste ano.
Niemeyer, tido como um dos principais expoentes da arquitetura moderna, ganhou reconhecimento a partir da exploração das possibilidades plásticas e construtivas do concreto armado, produzindo obras grandiosas e inventivas, marcadas pelo abuso de curvas em detrimento das linhas e ângulos retos.
Suas obras, a maioria prédios públicos e privados, monumentos, esculturas e igrejas, marcam a paisagem das principais cidades brasileiras e espalham-se por vários países do mundo, como Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália, Argélia, Israel e Cuba, entre outros. Niemeyer projetou grande parte das obras de Brasília, entre elas a praça dos Três Poderes, os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Niemeyer nasceu em 15 de dezembro de 1907 no Rio de Janeiro, filho de Oscar Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro da Almeida. Sua família tinha ascendência portuguesa, árabe e alemã. Cresceu no bairro de Laranjeiras, onde se casou com Annita Baldo em 1928. Em 1929, iniciou os estudos na Escola Nacional de Belas Artes, dirigida pelo também arquiteto Lucio Costa, com quem Niemeyer começou a trabalhar em 1932. No próximo dia 15, o carioca completaria 105 anos
