Como um equilibrista, o profissional de sucesso precisa manter todos os aspectos da vida em constante movimento para atingir a plenitude também no aspecto pessoal. E isso envolve uma série de fatores, entre os quais família, amigos, saúde, lazer, finanças e emoções. Mas, com o mercado cada vez mais exigente e um cenário tecnológico que permite uma relação de 24 horas com o trabalho, como conciliar carreira e os outros pilares?
O primeiro passo é seguir uma escala de valores. Segundo Mariciane Gemin, diretora regional da Asap ? consultoria de recrutamento e seleção de executivos, o caminho para atingir a harmonia em todas as áreas da vida passa pela escolha da profissão e a identificação com a empresa na qual irá executar suas funções.
? Pessoas que sabem definir prioridades se sentem mais produtivas, mesmo que mais sobrecarregadas em alguns momentos. Qualidade de vida não é trabalhar pouco ou sem pressão, porque isso não existe para quem quer ter progressão na carreira, mas estar feliz com o que produz ? completa Mariciane.
A competitividade impõe a obrigação de produzir mais, com maior qualidade e menor custo e cada vez mais rápido. O grande desafio do profissional contemporâneo está em saber organizar o tempo, afirma Tom Coelho, autor de Sete Vidas ? Lições para Construir seu Equilíbrio Pessoal e Profissional.
? Faça as tarefas mais desagradáveis logo no início do dia, quando sua energia, concentração e disposição são superiores. Até porque nós sempre encontramos tempo para fazer aquilo de que gostamos. Faça pausas estratégicas e não esqueça de colocar você na sua própria agenda ? aconselha Coelho.
Encontrar prazer nas tarefas e nos eventos cotidianos pode facilitar essa compensação, ensina Roberta Hentschke, sócia-diretora da Bora ? Design e Negócios.
? No curso que ministramos para auxiliar profissionais na execução de novos projetos, buscamos ajudá-los a buscar atividades que tragam felicidade. Só dessa forma é possível se sentir completo. Se não for assim, haverá sempre aquele conflito: quando está no trabalho quer estar em casa e vice-versa. E acaba não aproveitando nem uma coisa, nem outra ? destaca Roberta.
Foi justamente para unir o útil ao agradável, que a pedagoga Roselaine Peres, 49 anos, trocou a experiência de duas décadas trabalhando no setor de recursos humanos de uma empresa privada para se tornar contadora de histórias em tempo integral:
? Além de me sentir muito mais feliz agora, ainda consigo organizar melhor meu tempo. Dessa forma, passei a ter mais disponibilidade para a minha vida autonomia para escolher trabalhos que tenham a ver com os meus valores.
Fonte: Zero Hora