O presidente eleito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Orlando de Almeida Perri, assume o comando do Poder em março de 2013, mas já traçou como prioridade investir na Justiça de primeiro grau. O objetivo é reduzir a taxa de congestionamento no Estado, que hoje está em 82%, a terceira mais alta do país.
De acordo com Perri, o principal problema que gera morosidade no sistema é falta de pessoal para atender a demanda, e não falta de organização, ou gestão, da estrutura atual do Poder.
“Uma grande parte das nossas escrivanias está funcionando com apenas um servidor efetivo e um estagiário. Ora, justiça nenhuma anda com uma estrutura dessa. Tanto é que dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) mostram que Mato Grosso tem 82% de taxa de congestionamento. Isso significa que 82% dos processos que tramitam na Justiça daqui não estão andando”, ressaltou.
Principal responsável pelo processo que culminou com a aposentadoria compulsória de dez magistrados mato-grossenses, pelo CNJ, Perri afirmou que, ao assumir a presidência do Judiciário, vai encontrar um “clima de harmonia” entre os magistrados, principalmente em função do trabalho realizado pelo atual presidente do Poder, o desembargador Rubens de Oliveira.
“Ele é um pacificador por natureza, e o Tribunal de Justiça, depois de tantas turbulências vividas nos últimos tempos, estava precisando de um pacificador. Uma das grandes proezas do desembargador Rubens foi trazer a paz e a harmonia para dentro do Poder Judiciário”, enfatizou.