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Projeto em discussão na Câmara dos Deputados divide a opinião de economistas. O texto prevê que apenas o trabalhador que tenha comprometido 30% ou mais da remuneração com o pagamento de empréstimos e esteja inscrito em cadastro negativo de crédito vai ter o direito de efetuar o saque de parte de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O assunto ainda tramita na Câmara dos Deputados e permite o saque do FGTS para amortização de dívidas. A proposta, de autoria do deputado Paulo Bornhausen (Foto), do DEM-SC , aponta que apenas o trabalhador que se encaixa no perfil vai poder sacar até 40% do saldo disponível na conta vinculada, mas o dinheiro será transferido diretamente aos credores indicados pelo empregado.

No entanto, o diretor do curso de Administração da Universidade de Uberaba, Marco Antonio, acredita que o texto não vai ser aprovado, uma vez que a medida só trata do efeito e não da causa. “Esse é um belo exemplo de má educação financeira, pois as pessoas acabam acreditando que podem se endividar e não planejar, pois depois poderão sacar o FGTS para pagar as dívidas. Acredito que o texto não será aprovado, pois o Fundo serve para investir em programas do Governo de saneamento, habitação e social, algo mais proveitoso do que pagamento de dívida”, completa.

Hoje, só é possível efetuar o resgate do Fundo para quitação de débitos feitos devido à compra da casa própria. Considerando as demais possibilidades de saque, ele é possível em casos de doenças graves ou desastres naturais.

Fonte: Jornal da Manhã

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